terça-feira, 5 de outubro de 2010

- As Tecnologias e a Educação

A educação tem um papel a desempenhar. Esta nova forma pedagógica de ensinar deve contemplar muito mais o simples manuseio do computador. É necessário que se englobe medidas para que a sociedade saiba fazer o bom uso dele e esteja dentro dessas transformações sócios culturais que vemos acontecer. É notório que o computador transmita informações para o aluno e, portanto passa a reforçar o conhecimento e o interesse desses para com as aulas e não o simples conteúdo, ou seja, as apostilas, ou o livro didático que pouco motivam e não dá ao educando habilidades para que ele tenha desempenho com autonomia e dedicação necessários à construir seu conhecimento.
Sabe-se que tanto professor quanto aluno apesar de esforçarem-se ao máximo em relação aos conteúdos didáticos tem consciência de que as aulas estão ultrapassadas e sem motivação.
Valente afirma que:
a entrada dos computadores na educação acontece concomitantemente com a necessidade de se repensar os rumos da escola e o papel do professor. Não podemos, no entanto, acreditar que a simples inserção dos computadores no universo escolar irá resolver os problemas da educação atual.
(1993 apud ALMEIDA,2000,p.15)
Atualmente com as tecnologias e com a globalização o professor tem que se inovar, se atualizar, já que os alunos usam essas tecnologias, eles sabem e fazem perguntas e o professor terá que buscar conhecimento nesta área. Porém para que essas informações sejam proporcionadas aos professores deve-se observar que o mesmo já vem com uma bagagem, então não é tão somente enchê-los de conteúdo e sim criar situações-problemas onde os docentes façam o uso das mídias.
Segundo Oliveira,
Ao se analisar a prática pedagógica do professor, devem ser levados em conta os valores que ele traz consigo, não perdendo de vista as condições determinantes de sua existência e, principalmente, a concepção político-pedagógica que norteou seu processo de formação. (p.85)
Diante das mídias não se pode agir como a educação tradicional, que resume na simples transferência de conhecimentos, sem vincular as relações sociais de produção por técnicas consideradas neutras, desta maneira estarão formando profissionais copiadores, reprodutores de idéias e informações.
A educação deve ser integradora e não mera adaptadora de circunstancia, tem que ser desenvolvida com espontaneidade, intencional e com propósitos onde os docentes desenvolvam as atividades relacionadas a mídia de maneira espontânea.
Freire aborda que
o professor se torna exatamente o especialista em transferir conhecimento. Então, ele perde algumas das qualidades necessárias, indispensáveis, requeridas na produção de conhecimento existente, assim como no conhecer e conhecimento existente, a inquietação, a incerteza todas essas virtudes indispensáveis ao sujeito cognoscente.
(Freire apud Oliveira 1989,p.88)
O descobrimento da realidade social do professor a falta de preocupação em perceber quais são as suas necessidades, faz com que a aprendizagem dos alunos sejam prejudicadas, sendo assim é preciso que o professor não utilize o computador apenas para instrumentá-lo e sim que descubra habilidades e conhecimentos específicos e compreenda as relações entre às mídias e a sociedade. A inserção das tecnologias na educação faz com que se estabeleça uma nova relação entre o docente e o discente e os mesmos têm que inovar para uma aprendizagem significativa.
Segundo Oliveira,
A entrada dos computadores na educação, provavelmente, será propulsora de uma nova relação entre os professores e alunos, uma vez que a chegada desta tecnologia sugere aos professores um novo estilo de comportamento em sala de aula, talvez, até, independentemente da forma da utilização que ela faça deste recurso no seu trabalho. [...] (p.92)


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